terça-feira, 30 de abril de 2013

Quarta-feira Santa: Santa Fe

EM GRANDE MOMENTO

Adversário do Grêmio na Libertadores, o Independiente Santa Fe é o único time invicto da competição. Além disso, é líder do Campeonato Colombiano. O ataque, somando as duas competições, marcou 32 gols em 19 partidas. Wilson Gutiérrez, o treinador, promete montar um esquema capaz de surpreender o Grêmio com contra-ataque e sem abrir mão da posse de bola.

OMAR PÉREZ, "EL PELADO"

A peça centralizadora das jogadas do Santa Fe é Omar Pérez, de 32 anos. O argentino já conquistou a Libertadores em duas oportunidades, ambas pelo Boca Juniors - 2000 e 2001. O carequinha (foto abaixo), camisa dez dos colombianos na competição, é o principal responsável pela organização de meio-campo.

Foto: Jaiver Nieto

WILDER MEDINA

Wilder Medina, apelidado por ele mesmo de "El Goleador", é de fato o artilheiro da equipe na temporada. Foi dele, por exemplo, o gol marcado diante do Envigado, no último final de semana, que colocou o Santa Fe na liderança do Campeonato Colombiano. Utiliza seu bom poder de finalização para ser uma das principais peças da equipe na campanha da Libertadores 2013.

O PRIMO DE RENTERÍA

Cristian Borja, de português fluente, concedeu uma entrevista na tarde desta terça-feira para a Rádio Grenal. Falou de sua passagem pelo futebol brasileiro - Inter, Caxias e Flamengo, especialmente - mas principalmente do momento do Santa Fe na temporada. Afirmou que os colombianos vem dispostos a derrotarem o Grêmio em plena Arena. Segundo ele, o Santa Fe é um time que não sabe jogar se defendendo, por isso espera garantir a vitória em contra-ataques e também, corroborando com seu treinador, com controle da posse de bola.

NÚMEROS NA LIBERTADORES

O Santa Fe faz sua melhor campanha dentre as sete participações que teve na competição. Único invicto do torneio em 2013, os colombianos encaram o Grêmio com o retrospecto de quatro vitórias e dois empates, com nove gols marcados e apenas quatro sofridos. Só o Atlético MG fez campanha melhor na primeira fase.

Quarta-feira Santa: Santa Cruz

CASA CHEIA

A direção do Santa Cruz espera um público entre 40 e 50 mil espectadores para o jogo desta quarta-feira no Mundão do Arruda, estádio construído em 1972. O ingresso mais barato custa R$ 10,00. O mais caro sai por R$ 60,00.


Imagem: Google Maps

O COMANDANTE

O técnico da equipe é o carioca Marcelo Martelotte, de 44 anos. Começou sua carreira na casamata em 2003, comandando o modesto Taubaté. Treinou também a equipe sub-20 do Palmeiras, foi auxiliar técnico do Santos - onde, interinamente, dirigiu a equipe em algumas ocasiões - e esteve no Ituano em 2012. Foi anunciado como treinador do Santa em dezembro do ano passado. Marcelo Martelotte trabalha diretamente com futebol desde 1987. Foi goleiro do próprio Santa Cruz em 1993 e 1999. Defendeu também Sport, Santos, Bragantino, entre outros. No time de Bragança Paulista, conquistou o Paulistão de 1990 na equipe comandada pela então promessa Vanderlei Luxemburgo.

O PRÓXIMO ADVERSÁRIO

Quem classificar entre Santa Cruz e Internacional enfrente na próxima fase o vencedor de América MG x Avaí. A vantagem, em termos técnicos, é da equipe catarinense.

O MOMENTO DA EQUIPE

O Santa Cruz é finalista do Campeonato Pernambucano, onde enfrentará o Sport na melhor de três partidas. O adversário do Inter na Copa do Brasil tem a melhor defesa da competição, com dez gols sofridos em 13 partidas. O ataque marcou 17 vezes. Dênis Marques (foto abaixo), ex-Flamengo e Atlético PR, é o artilheiro do time no estadual com cinco gols.

Foto: Diego Nigro

PROVÁVEL TIME

A não ser que ocorra alguma modificação, o time que enfrenta o Inter na quarta-feira terá Tiago Cardoso; Everton Sena, Willian, Renan Fonseca e Tiago Costa; Ânderson Pedra, Luciano Sorriso, Raul e Renatinho; Flávio Caça-Rato e Dênis Marques.

DESFALQUES

O meia Natan, lesionado há algumas semanas, permanece fora da equipe. Possivelmente não esteja recuperado sequer no eventual jogo de volta. Jefferson Maranhão, que poderia substituí-lo, saiu machucado na partida diante do Náutico, no último final de semana, e também deve ficar de fora.

DEFESA

Tiago Cardoso é goleiro titular do Santa há três temporadas e desfruta de um excelente relacionamento com a torcida. O time não tem lateral direito, por isso o zagueiro Everton Sena, de limitados recursos técnicos, joga improvisado na função. A dupla de zaga é formada pelos trombadores Willian e Renan Fonseca. Tiago Costa, o lateral esquerdo, é o destaque técnico e tático do setor - avança com propriedade e tem liberdade para juntar-se ao setor de articulação.

MEIO-CAMPO

Ânderson Pedra é o primeiro volante marcador típico de um futebol emergente. Luciano Sorriso mescla a função de destruidor com uma forte chegada ao campo ofensivo, embora diante do forte Inter deva ficar mais contido na zona de contenção. Raul, meia prestigiado pela imprensa local, é a grande válvula de escape do setor. Renatinho, velocista, será o responsável por puxar os contra-ataques.

ATAQUE

Dênis Marques, principal jogador do time, é sem qualquer dúvida a referência do setor ofensivo. Seu companheiro deve ser Flávio Caça-Rato, avante que pode tranquilamente ser caracterizado como um "chuta-chuta", não mais do que isso. Há também a possibilidade de Marcelo Martelotte não optar pelo atacante de apelido esquisito, mas sim por um terceiro volante.

A Rádio Grenal transmite a partida com narração de Fabiano Bernardes, comentários deste que vos escreve, reportagem de João Batista Filho e plantão de Kalwyn Corrêa.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Brasil 2x2 Chile

Brasil: Diego Cavalieri; Jean (Marcos Rocha), Dedé (Henrique), Réver e André Santos; Ralf (Fernando), Paulinho, Jadson (Osvaldo) e Ronaldinho; Neymar e Leandro Damião (Alexandre Pato). Técnico: Luiz Felipe Scolari.

Chile: Johnny Herrera; Álvarez, Marcos González, Rojas e Mena; Braulio Leal, Reyes, Meneses (Carlos Muñoz) e César Cortés (Fuenzalida); Eduardo Vargas (Robles) e Rubio (Luis Figueroa). Técnico: Jorge Sampaoli.

Gols: Marcos González (CHI - 7'1º), Réver (BRA - 24'1º), Neymar (9'2º) e Eduardo Vargas (18'2º).

DESORGANIZAÇÃO NO MEIO-CAMPO

Telê Santana já dizia: "um time que erra mais do que trinta passes não merece ganhar". Pois o Brasil do Mineirão, contra o Chile, errou 45 passes em 94 minutos. Não pode, decididamente. O meio-campo não chamou o jogo, o ataque, portanto, não funcionou, e os zagueiros foram obrigados a rifar a bola. Errando um passe a cada dois minutos não há como fazer uma boa apresentação.

REFERÊNCIAS

Não encaro a atuação de Ronaldinho como decepcionante. Sempre foi assim. Em jogos minimamente encardidos na Seleção, ele desaparece. Não chama para si a responsabilidade em jogos encardidos. E olha que o Chile nem é um adversário tão qualificado assim. Não é o centralizador de jogadas que Felipão precisa. Muito menos o capitão.

VARGAS PELA ESQUERDA

Eduardo Vargas atuou com liberdade de movimentação, mas visivelmente buscou pelo lado esquerdo suas jogadas. Foi o melhor jogador em campo, para muitos. Luxemburgo, que certamente assistiu a partida, deve ter percebido que há em Vargas uma possibilidade maior de objetividade atuando com posse de bola, não só em contra-ataques. E, evidentemente, sem ficar preso pelo lado direito, como ocorre no Grêmio.

AS DÚVIDAS DE FELIPÃO

Luiz Felipe Scolari viu o amistoso diante do Chile terminar e segue com as mesmas dúvidas que no apito inicial. Projetando a convocação para a Copa das Confederações, as interrogações na lateral esquerda, direita e ataque continuaram. André Santos não foi bem, Jean atuou improvisado e os centroavantes Leandro Damião e Alexandre Pato não corresponderam. Em termos práticos visando a competição de junho, a partida de Belo Horizonte pouco ou nada contribuiu.

O EFICIENTE JORGE SAMPAOLI

O bom técnico Jorge Sampaoli comanda uma equipe inferior tecnicamente em relação ao Brasil. Ao contrário do que muitos fazem, ele não deixou de jogar. Pelo contrário. Atacou o Brasil, buscou possibilidades ofensivas do início ao fim da partida, e saiu do Mineirão com um empate. A eficiente marcação adiantada que exerce desde os tempos da La U funcionou. Olho em Jorge Sampaoli, que é capaz de fazer com que o Chile faça bonito na Copa do Mundo do ano que vem.

A Rádio Grenal transmitiu a partida com narração de Fabiano Bernardes, comentários deste que vos escreve, reportagem de César Fabris e plantão de Kalwyn Corrêa.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Perdidos pela América 4: Sebastián Maz e Lucas Mugni

SEBASTIÁN MAZ, "EL CABEZÓN"

Foto: Mexsport

Sebastián Maz, 28 anos, é um centroavante uruguaio que construiu boa parte de sua carreira e fama de artilheiro no México. Atua no país desde 2007, quando passou a defender o Indios de Juárez. Atuou também no Dorados, no Necaxa, no Veracruz e no León, clube o qual pertence atualmente. No Uruguai, foi formado pelo Peñarol, mas também jogou no Central Español e Montevideo Wanderers.

Os clubes médios e pequenos pelos quais passou não refletem o futebol mostrado por ele em cada uma das agremiações. Suas médias de gols sempre foram altas, desde o início da carreira, em 2004, até os dias de hoje. Maz é um centroavante goleador e de movimentações inteligentes, que tem na finalização - especialmente no cabeceio - sua principal característica. No vídeo, alguns dos gols marcados pelo canhoto no Campeoanto Mexicano do ano passado.


Cotação do Blog:

Cairia como uma luva no: Cruzeiro, que tem em Borges um centroavante com características parecidas mas sem regularidade e tamanha inteligência na movimentação.

Grêmio: reserva imediato de Barcos.

Internacional: reserva imediato de Leandro Damião.

LUCAS MUGNI, "LA JOYA"


Foto: EFE

Lucas Mugni, 21 anos, é uma das grandes promessas do futebol argentino. Frequentemente elogiado por Alejandro Sabella, treinador da Seleção Argentina, o meia do Colón de Santa Fe é aposta inclusive para a Copa do Mundo do ano que vem. Com 1,82m de altura, Mugni é um jogador habilidoso e veloz que pode inclusive ser utilizado como atacante aberto pelo flanco. Pesa contra ele a baixa média de gols para um homem de frente.

Mugni, pode-se dizer em análise até certo ponto simplista, é um "Bertoglio melhorado". As características são semelhantes e até mesmo o clube onde foram revelados é o mesmo. A diferente básica, além da resistência à lesões de Mugni, é o pé preferencial. No vídeo, um dos gols marcados por ele desde que debutou no futebol profissional, em 2010.



Cotação do Blog:

Cairia como uma luva no: Fluminense, pois no esquema tático proposto por Abel Braga seria o parceiro ideal de Wellington Nem para compor um "falso" 4-3-3.

Grêmio: brigaria pela titularidade com Elano ou, num 4-2-3-1, com o chileno Eduardo Vargas.

Internacional: reserva imediato de Diego Forlán ou, num 4-2-3-1, atuando como meia aberto pelas laterais.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Perdidos pela América 3: Jonathan Bottinelli e Marchesín

JONATHAN BOTTINELLI, "EL BOTTI"

Foto: Getty Images

Jonathan Bottinelli, 28 anos, é um zagueiro que apesar da pouca estatura - 1m80cm - tem no controle da bola aérea sua principal qualidade. Começou sua carreira no San Lorenzo, onde atuou de 2002 a 2008. Após grandes temporadas, muitas delas como capitão e principal liderança do time, foi adquirido pela Sampdoria, onde não se firmou e acabou retornando para o clube de Almagro um ano depois. Depois de uma forte briga com os barrabravas do San Lorenzo, acabou se transferindo para o River Plate, equipe a qual defende desde a temporada passada.

Bottinelli é um defensor de marcação firme e muita personalidade. Suas constantes declarações fortes costumam repercutir de forma intensa na Argentina. Dentro de campo, além do poderio defensivo, é conhecido por sua liderança e pelas aventuras no campo de ataque, apesar de zagueiro. No vídeo, um gol de barriga marcado por ele na passagem pela Sampdoria.


Cotação do Blog:

Cairia como uma luva no: Vasco, onde seria indiscutivelmente o melhor zagueiro após a perda de Dedé.

Grêmio: titular na zaga ao lado de Werley.

Internacional: brigaria pela titularidade com os consolidados Rodrigo Moledo, Juan e Índio.

AGUSTÍN MARCHESÍN, "EL CHASQUIBOOM"


Foto: Clarín

Marchesín, 25 anos, é considerado por muitos o melhor goleiro em atividade no futebol argentino. Foi revelado em 2005 pelo modesto Huracán de Tres Arroyos. No ano seguinte foi vendido para o Lanús, clube o qual defende até hoje. Ele já foi pretendido pelo Manchester City, antes da afirmação de Hart. No futebol sul-americano já recebeu propostas do Vasco e do Boca Juniors, mas a antiga direção do Lanús exagerou nos valores e acabou espantando os interessados.

É um goleiro de muito reflexo e pegador de pênaltis. Talvez seu defeito seja "enfeitar" algumas intervenções. Titular da Seleção Argentina em algumas categorias de base, chegou a ser lembrado inclusive na categoria principal pelo antigo treinador Sergio Batista. Com Sabella no comando, ainda não foi convocado, fato que causa irritação em diversos fãs do futebol do atleta. No vídeo, uma compilação de defesas e grandes momentos de sua carreira.



Cotação do Blog:

Cairia como uma luva no: Flamengo, pois tem a segurança muitas vezes inexistente em Felipe.

Grêmio: titular na vaga hoje ocupada pelo contestado Dida.

Internacional: titular na vaga de Muriel.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Perdidos pela América 2 - Damián Díaz e Rodrigo Mora

DAMIÁN DÍAZ, "EL KITU"

Foto: José Alvarado

Damián Díaz, 26 anos, é um meia de boa qualidade técnica e forte personalidade que atua no Barcelona de Guayaquil. Começou sua carreira no Rosario Central, em 2006, onde obteve extremo destaque, sendo um ano e meio mais tarde comprado pelo Boca Juniors. As boas aparições em Rosario não se repetiram em Buenos Aires e Damián acabou emprestado para o Universidad Católica. No Chile, rapidamente virou ídolo da torcida e logo retornou à Argentina para defender o Colón. Após boas aparições e diversos tumultos causados pelo jogador, acabou se desligando do clube de Santa Fe e rumando para Guayaquil, num grande esforço financeiro do Barcelona. No Equador, em apenas um ano, conquistou oito prêmios individuais.

Nada além da inusitada personalidade atrapalha o futebol do jogador. Brigão e com temperamento explosivo, é frequentemente expulso por tumultos causados por ele próprio. Um argentino do tipo "catimbeiro", capaz de resolver uma partida pela sua qualidade mas também de prejudicar a equipe vitimado por suas próprias atitudes. No vídeo, um gol de bicicleta marcado na Copa Sul-Americana de 2012.


Cotação do Blog:

Cairia como uma luva no: Santos, onde formaria uma dupla de organizadores com Montillo, a fim de abastecer Neymar, e também pela capacidade de cavar faltas, algo primordial para uma equipe que conta com Marcos Assunção.

Grêmio: reserva imediato de Elano.

Internacional: reserva imediato de D'Alessandro, a quem pode ser comparado pela fácil irritação diante de marcadores viris.

RODRIGO MORA, "LA PULGA"


Foto: Lucía Pastor

Rodrigo Mora, 25 anos, é um atacante extremamente decisivo nascido em Rivera, Uruguai, na fronteira com o Rio Grande do Sul. As ligações com o povo gaúcho já começam na preferência clubística: Mora e boa parte de sua família são torcedores do Grêmio. Jogador de baixa estatura - 1m71cm -, atua preferencialmente ao redor da área, servindo como uma ligação entre os articuladores e o centroavante.

No Uruguai, defendeu o Juventud de Las Piedras, Defensor, Cerro e Peñarol. Atuou também em Portugal, no Benfica, e desde meados de 2012 defende o River Plate. A média de gols não é tão alta para um atacante, mas passa longe de ser considerada fraca: um a cada três partidas. A principal qualidade do jogador é o fato de crescer em momentos decisivos. No vídeo, os dois gols que marcou no clássico diante do Boca Juniors, válido pelo Torneo de Verano 2013.



Cotação do Blog:

Cairia como uma luva no: Palmeiras, pois é peça fundamental em contra-ataques e pode usar suas características decisivas para ajudar o time na Libertadores e no objetivo de retornar à primeira divisão.

Grêmio: reserva imediato de Eduardo Vargas.

Internacional: reserva imediato do ataque, podendo ficar no banco de reservas ao lado do companheiro de posição Caio.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Perdidos pela América 1 - Maxi Rodríguez e Scocco

MAXI RODRÍGUEZ, "EL LEÓN"

Foto: David Cannon

Maxi Rodríguez, 32 anos, é um meia de destacada e vitoriosa passagem pelo futebol europeu. Começou a carreira no Newell's Old Boys, mesmo clube que voltou a defender no ano passado. Na Espanha, defendeu o Espanyol e o Atlético de Madrid, e na Inglaterra atuou pelo Liverpool. Quando deixou o futebol inglês, poucos entenderam seu retorno a Rosario e a falta de propostas - ou de conhecimento da sua situação - dos clubes brasileiros.

O meia, conhecido também como "El León", defendeu a Argentina em duas Copas do Mundo - 2006 e 2010. Na Alemanha, por sinal, marcou o gol mais importante da sua carreira, escolhido também como gol mais bonito daquela competição. Foi contra o México, na prorrogação, quando dominou no peito uma bola vinda da esquerda e, de canhota - que não é seu pé preferencial -, finalizou no ângulo do goleiro adversário (vídeo).


Cotação do Blog:

Cairia como uma luva no: Flamengo, onde agregaria qualidade no meio-campo sem Ibson, que deve ser negociado.

Grêmio: titular da equipe na vaga de Elano ou, com uma eventual mudança de esquema tático, no lugar de Eduardo Vargas.

Internacional: titular da equipe na vaga que hoje é disputada por Fred e Dátolo, atuando ao lado de D'Alessandro.

IGNACIO SCOCCO, "EL NACHO"

Foto: Eduardo Di Baia

Scocco, 27 anos, é o goleador do Newell's Old Boys - companheiro de time de Maxi Rodríguez. Apesar da pouca altura para um centroavante, 1m76cm, tem boa presença de área e costuma fazer gols de cabeça. Sua principal característica é a finalização, tendo marcado 25 gols em 33 jogos pela equipe desde seu retorno, em 2012.

Revelado pelo próprio Newell's em 2004, deixou a equipe dois anos mais tarde para atuar no futebol mexicano, onde defendeu o Pumas e o Toluca. Passou também pelo Al Ain, dos Emirados Árabes, e pelo futebol grego, onde atuou pelo AEK. Foi convocado para a Seleção Argentina para os jogos contra o Brasil pelo Superclássico das América no ano passado, quando inclusive marcou um gol (vídeo).


Cotação do Blog:

Cairia como uma luva no: Botafogo, que tem excelentes articuladores mas vive sem atacantes de qualidade desde a saída de Loco Abreu.

Grêmio: reserva imediato de Barcos.

Internacional: reserva imediato de Leandro Damião.

sábado, 6 de abril de 2013

Bolívia 0x4 Brasil

Bolívia: Galarza; Diego Bejarano (Rony Jiménez), Eguino, Zenteno e Marvin Bejarano (Torrico); Veizaga (Chumacero), Meleán (García), Jhasmani Campos (Danny Bejarano) e Edivaldo Rojas; Arce (Rodrigo Vargas) e Marcelo Moreno. Técnico: Xabier Azkargorta.

Brasil: Jefferson; Jean, Dedé (Dória), Réver e André Santos; Ralf, Paulinho e Jadson; Ronaldinho (Leandro), Neymar (Osvaldo) e Leandro Damião (Alexandre Pato). Técnico: Luiz Felipe Scolari.

Gols: Leandro Damião (BRA - 3'1º), Neymar (BRA - 30'1º), Neymar (BRA - 41'1º) e Leandro (BRA - 47'2º).

Foto: Aizar Raldes

DEFESA INOCENTE

A inocência da defesa boliviana é comovente. Com três minutos de jogo Leandro Damião já marcara 1x0 e deixava escancarado que a zaga adversária era composta por jogadores sem qualquer nível de malandragem comparado aos brasileiros. Os volantes saiam desordenadamente, deixavam espaços, a zaga não conseguia fazer cobertura e ficava exposta. Por ali o Brasil construiu a goleada. E não poderia ser diferente. Ninguém esperava outra coisa.

FATOR RONALDINHO

Que pena para a Seleção Brasileira que nem todos os adversários são como a Bolívia. Tendo sempre um concorrente deste porte haveria de ser Ronaldinho um grande trunfo para a Copa de 2014. Mas não é assim que as coisas funcionam. Todos sabem o quanto ele já decepcionou com a camisa do Brasil. Hoje foi diferente, chamando o jogo para si, construindo jogadas, articulando possibilidades ofensivas e sendo o melhor em campo. Mas era a Bolívia, entendamos. Infelizmente não é sempre assim.

CAMISA DEZ

Na prática, a camisa dez da Bolívia foi vestida por Jhasmani Campos, com passagem pelas categorias de base do Grêmio em 2005. Não é exagero afirmar, contudo, que o principal "jogador" boliviano sempre foi a altitude. Em Santa Cruz de la Sierra, no entanto, não há este fator desconcertante. Por isso a seleção local foi goleada. As artimanhas de três ou quatro mil metros não funcionaram nos pouco mais de 400 metros da cidade. Os bolivianos, entretanto, não souberam rever seus conceitos: finalizaram de longa distância, sempre muito alto, sem perigo. Não os avisaram que Santa Cruz de la Sierra não é La Paz.

O TRISTE FIM

A convocação de Leandro já fora o fim definitivo de qualquer espécie de esperança que pudesse ter na Seleção Brasileira. Me lembrou o caso César Prates, então reserva do Inter, chamado por Zagallo para defender o Brasil. Uma semana depois estava vendido. Não há quem me convença que a convocação de Leandro se deu por questões técnicas. Não. E ele ainda entrou no segundo tempo. E ele ainda fez gol. E no fim. No triste fim do amistoso em Santa Cruz de la Sierra.

A Rádio Grenal transmitiu a partida com narração de Thiago Suman, comentários deste que vos escreve e reportagem de Douglas Demoliner.