terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Pelotas 3x2 Internacional

Pelotas: Paulo Sérgio; Igor, Bruno Salvador, Fred e Carlos Alexandre (Alex); Tiago Gaúcho, César Santiago, Carlos Alberto (Felipe Guedes), Jefferson Luís (Mithyuê) e Lucas; Sandro Sotilli (Felipe Garcia - Lucas Bahia). Técnico: Paulo Porto.

Internacional: Alisson; Cláudio Winck, Jean, Thalles e Raphinha; Rodrigo Dourado, Bertotto, Gladestony (Alex Nemetz), Aylon e Reis (Bruno Gomes); Nathan (Fernando Baiano). Técnico: Clemer.

Gols: Cláudio Winck (INT - 16'1º), Cláudio Winck (INT - 43'1º), Felipe Garcia (PEL - 44'1º), César Santiago (PEL - 25'2º) e Felipe Garcia (PEL - 28'2º).

Foto: Marcelo Campos

COMPONENTES DO JOGO

A bola voltava a rolar no futebol gaúcho. E logo num jogo valendo taça. A recém criada Recopa Gaúcha pode não valer muita coisa para a Dupla Grenal, mas indiscutivelmente assume um caráter importante para os clubes do interior. O que se viu em Pelotas foi um estádio com bom público - chovia e ventava muito - e um clima realmente de final. Houve até invasão de campo, no fim do jogo. E foram milhares aqueles que entraram no gramado para fazer a festa com o grupo de jogadores. Centenas, talvez até mais de mil.

CONCLUSÕES PRECIPITADAS

Antes de se fazer qualquer avaliação sobre o Inter que foi a campo, deve-se lembrar que era a gurizada. Jovens que recém estão surgindo ou que nem sequer saíram ainda das categorias de base. É preciso calma. Conclusões precipitadas são perigosas. Avaliações definitivas podem se transformar, num futuro próximo, em erros colossais. O extremismo é perigoso quando falamos sobre grupos jovens e equipes em formação.

CLEMER

Clemer saiu do comando interino do Inter "principal", foi para suas férias e coube a André Döring comandar o time B. O ex-goleiro colorado falou o que não devia, a direção não gostou e Clemer foi recolocado como comandante da equipe. No seu retorno, logo de cara já modificou o time que vinha sendo preparado por André. Mudou quatro peças. E perdeu. Claro que os erros foram potencializados pela derrota, mas Clemer teve personalidade para alterar aquilo que ele entendia como possível. O único erro grave dele na partida da Boca do Lobo foi deixar Nathan tempo demais em campo.

DISCRETOS E EFICIENTES

Gosto de volantes discretos e eficientes. São eles que dão sustentação ao meio-campo e colaboram com a proteção do sistema defensivo. Rodrigo Dourado e Bertotto são assim. O primeiro, mais contido, joga centralizado à frente da zaga. Faz o papel de primeiro homem do setor que sabe jogar e pouco erra passes. Bertotto já tem mais liberdade para atacar. Tem qualidade para isso, sem dúvida. Me parece que dois bons volantes estão surgindo no Beira-Rio.

ENTENDENDO POR QUE PERDEU

Mais do que mudar, é preciso saber onde fazê-lo. E para isso é preciso entender por que perdeu. O Inter foi derrotado, antes de mais nada, pela sua própria inexperiência. Mesmo vencendo, os jovens e imaturos jogadores se atiravam para o ataque em busca de resolver logo a partida. E tinham um atleta a mais em campo. Erro crasso. O jogo ficou aberto e o Pelotas, mais consciente, empatou e virou logo em seguida. E o Inter também perdeu, justiça seja feita, pelos vários méritos que teve o time da casa. Paulo Porto foi cirúrgico e ousado nas duas alterações processadas ainda no primeiro tempo. Com dez jogadores desde os 12 minutos do primeiro tempo, o Pelotas conseguiu com superação e astúcia bater o envolvente mas afobado time do Internacional.

A Rádio Grenal transmitiu a partida com narração de Thiago Suman, comentários deste que vos escreve, reportagem de Henrique Pereira e plantão de Rodrigo Morel.

Nenhum comentário:

Postar um comentário